PERIÓDICO DE DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO PRÁTICO
NOSSOS OBJETIVOS

REVISTA ESPÍRITA

PERIÓDICO DE DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO PRÁTICO

OBJETIVOS

 

No subtítulo da Revista está expresso o nosso objetivo com a publicação deste periódico digital: divulgação do Espiritismo prático.

Esse empreendimento de compartilhar o que se tem obtido em diversos grupos, por meio da prática da ciência espírita que Allan Kardec legou à Humanidade, visa não só a nossa própria instrução como também à daqueles que assim o desejarem.

Receberemos com alegria os materiais concernentes aos estudos feitos com os Espíritos, suas instruções, estudos de casos, relato de fenômenos espíritas, obtidos em outros grupos, ou por médiuns isolados. Divulgaremos neste periódico o que for de interesse geral.

Quando Allan Kardec publicou o primeiro número da sua Revue Spirite, em janeiro de 1858, colocou na primeira página uma introdução em que explica claramente o objetivo a que visava com a publicação daquele periódico. 

Nosso objetivo não é o mesmo que tinha o nosso caro Mestre naquele século, nem queremos sequer insinuar que poderíamos, ainda que sejamos vários espíritas a trabalhar unidos, chegar aos pés de Allan Kardec, pois reconhecemos a nossa pequenez. Kardec trabalhava na elaboração de uma Ciência, e a sua Revue Spirite lhe servia para esse fim. 

O que queremos é colocar ao alcance de todos, num único lugar, os estudos feitos com os Espíritos, e que consideramos que possam ser úteis; nossa intenção é dar uma singela contribuição do nosso grupo espírita, formado em fevereiro de 2007. Assim fazendo, desejamos mostrar a nossa gratidão a Allan Kardec pelos esforços por ele empreendidos a fim de nos legar a ciência espírita, que, como sabemos, é uma ciência prática.

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas mesmas relações.

Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal

Da introdução que Kardec inseriu no primeiro volume da Revista Espírita, destacaremos alguns trechos para explicar melhor nossos objetivos ao criar um periódico para divulgar o Espiritismo prático. Disse o Mestre:

"O que não foi feito e dito contra o magnetismo! No entanto, todos os raios lançados contra ele, todas as armas com que foi ferido, inclusive o ridículo, perderam força diante da realidade e apenas serviram para colocá-lo em maior evidência. É que o magnetismo é uma força natural, e ante as forças naturais o homem é um pigmeu, semelhante a esses cachorrinhos que ladram inutilmente contra tudo quanto lhes mete medo. Dá-se com as manifestações espíritas o mesmo que com o sonambulismo: se elas não se produzirem à luz do dia e publicamente, ninguém impedirá que ocorram na intimidade, pois cada família pode descobrir um médium entre os seus membros, desde as crianças até os velhos, bem como pode encontrar um sonâmbulo. Assim, quem poderá impedir que o primeiro que encontramos seja médium e sonâmbulo? Aqueles que combatem essas coisas certamente não pensaram nisto. Repito que, quando uma força está na Natureza, pode-se detê-la por um instante: aniquilá-la jamais! Apenas poder-se-á desviar o seu curso. Ora, a força que se revela no fenômeno das manifestações, seja qual for a sua causa, está na Natureza, assim como o magnetismo; não se pode aniquilá-la assim como não se pode aniquilar a força elétrica. O que é preciso fazer é observá-la, estudá-la em todas as suas fases, a fim de se deduzirem as leis que a regem. Se for um erro e uma ilusão, o tempo fará justiça; se for a verdade, esta é como o vapor: quanto mais comprimido, maior será a sua força de expansão." [1]

Estudar os fenômenos em todas as suas fases para descobrir as leis que os regem foi o que Allan Kardec se dedicou a fazer desde que percebeu que o fenômeno das manifestações dos Espíritos não podia ser explicado pelas leis conhecidas: tratavam-se de fatos novos. Publicou assim, em 1860, o fruto dos seus estudos com os Espíritos na obra que intitulou Livro dos Espíritos, numa segunda edição modificada e aumentada, pois a primeira edição viera a público em 1857.

Em 1861 Kardec publicou a primeira edição de O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e Dos Evocadores, trazendo a epígrafe: ESPIRITISMO EXPERIMENTAL; em 1862 ele publicou a edição definitiva desse mesmo livro. Parece-nos que a primeira edição desse livro ainda não foi traduzida para a nossa língua.

Como o próprio Kardec disse: "a força que se revela no fenômeno das manifestações, seja qual for a sua causa, está na Natureza, assim como o magnetismo; não se pode aniquilá-la assim como não se pode aniquilar a força elétrica."

Não podendo as leis naturais serem derrogadas, as manifestações dos Espíritos continuam existindo, como sempre existiram, quer saibamos, quer não saibamos, quer acreditemos, quer não acreditemos, quer aprovemos, quer não aprovemos.

Graças às obras que Allan Kardec nos legou, nós podemos compreender a lei que rege a comunicação entre os homens e os Espíritos, e assim instruir-nos com eles e conhecer, por antecipação, o mundo que iremos habitar logo mais. Os resultados atualmente obtidos graças à comunicação com os Espíritos poderiam ficar restritos aos membros dos nossos grupos, ou publicados. Optamos por publicá-los com intuito de somar-nos àqueles que também buscam instruir-se com os Espíritos. Foi com esse objetivo que nos decidimos por publicar a Revista Espírita digital.

Nota: Pedimos a todos aqueles que nos enviarem comunicações dos Espíritos ou narrarem algum fato que diga respeito aos fenômenos ligados ao Espiritismo, que nos autorizem formalmente a publicação, caso nos enviem com esse objetivo. 

Equipe da Revista Espírita digital,

Curitiba - Paraná.

[1]  Revista Espírita, janeiro de 1858 - Introdução.